Dia desses voltando de mais um dia cansativo de trabalho e universidade, me deparei com uma situação no mínimo curiosa e comecei a pensar sobre esta. O que se passava naquele ônibus não tão lotado era uma discussão aparentemente amorosa, entre um casal de mudos e talvez surdos. O casal brigou de uma forma que me pareceu agressiva, com puxões e expressões faciais bem características de quem não tá muito feliz. Ela parecia com muita raiva, ele angustiado. Palavras (gestos) de libras depois, os dois parecem ter se resolvido, o que é selado através um abraço seguido de um beijo, e que traz ao alivio a mim e a uma senhorinha que compartilhava a expectativa sobre desfecho daquela interessante epopéia. Pensei um tempo sobre isso e cheguei a algumas conclusões
Em um primeiro momento, a situação me fez pensar o quanto deve ser difícil entender e se fazer completamente entendido se se é portador de uma deficiência física, qualquer que seja. Mesmo sabendo que a libras e o braile são consideradas línguas, pensei na existência de elementos na fala (entonação e altura da voz, escolha das palavras para se expressar) que são muito valiosos para entender os sentimentos e emoções de uma pessoa, tal como os olhares e os desvios destes podem ter o seu significado. Mas logo lembrei que na falta de um dos sentidos em deficientes, se aguça todos os outros. Seria então o tato mais sensível naquele casal? Será se aqueles beijos e abraços têm mais “calor” que os de pessoas com todos os sentidos perfeitos? Disso não tenho como saber, mas isto me prendeu por um tempo.
Fato é que me toquei que existem pessoas que são como deficientes no sentido tato. Aqui não incluo aqueles com deficiência física, mas uma espécie de deficiência emocional. Pessoas que não sentem ou não transmitem nenhuma espécie de emoção através de carinhos qualquer. Pessoas que se mostram completamente indiferente a tais gestos. Não digo de beijos calorosos em qualquer lugar e a qualquer momento. Falo até de simples apertos de mão ou abraços ainda que frágeis. Um beijo na nuca, um abraço no frio até um enxugar de lágrimas que escorrem pelo rosto do outro... Se sentir falta de qualquer uma desses, agradeça todos os dias!
Pobre destes... Que são portadores da pior das deficiências.
Em um primeiro momento, a situação me fez pensar o quanto deve ser difícil entender e se fazer completamente entendido se se é portador de uma deficiência física, qualquer que seja. Mesmo sabendo que a libras e o braile são consideradas línguas, pensei na existência de elementos na fala (entonação e altura da voz, escolha das palavras para se expressar) que são muito valiosos para entender os sentimentos e emoções de uma pessoa, tal como os olhares e os desvios destes podem ter o seu significado. Mas logo lembrei que na falta de um dos sentidos em deficientes, se aguça todos os outros. Seria então o tato mais sensível naquele casal? Será se aqueles beijos e abraços têm mais “calor” que os de pessoas com todos os sentidos perfeitos? Disso não tenho como saber, mas isto me prendeu por um tempo.
Fato é que me toquei que existem pessoas que são como deficientes no sentido tato. Aqui não incluo aqueles com deficiência física, mas uma espécie de deficiência emocional. Pessoas que não sentem ou não transmitem nenhuma espécie de emoção através de carinhos qualquer. Pessoas que se mostram completamente indiferente a tais gestos. Não digo de beijos calorosos em qualquer lugar e a qualquer momento. Falo até de simples apertos de mão ou abraços ainda que frágeis. Um beijo na nuca, um abraço no frio até um enxugar de lágrimas que escorrem pelo rosto do outro... Se sentir falta de qualquer uma desses, agradeça todos os dias!
Pobre destes... Que são portadores da pior das deficiências.